terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

3º Encontro de atado GoFly.

 Foi com grande alegria e aproveitamento técnico-cultural que realizamos este encontro que superou nossas expectativas. Contando com vários amantes do flyfishing do estado de Goiás, este foi o mais volumoso encontro dos mosqueiros da equipe GO FLY, que a cada dia se fortalece e adquire mais integrante. Pescadores experientes como o amigo Alencar e outros recém iniciados na modalidade foram igualmente ouvidos e respeitados. Discussões sobre o hitórico do fly pelo mundo e a sua atual situação no Brasil foi muito interessante para compreendermos a filosofia dessa encantadora modalidade e para que não adquiramos uma mentalidade que agrida ou desperdice o potencial brasileiro para a pesca com mosca.
 Pela manhã realizamos a clínica de atado, após, fizemos um laboratório na piscina, demonstrando como trabalhar bem um Popper, Clouser-minow e outros streamers. As características das linhas Floating (flutuantes) e Sinking (afundantes) também foram demonstradas, passando antes pelos principais nós utilizados na montagem de um líder. 
Interrompidos por uma deliciosa picanha na brasa, trocamos experiências pessoais e todos fizeram suas colocações de forma democrática. Alguns falaram de suas preferências de equipamentos, peixes, nós, arremessos e moscas, outros dissertaram relatos de pescarias surpreendentes. Brindes foram distribuídos para todos os presentes.
Na parte da tarde foi realizada uma clínica de arremesso, com demonstrações úteis para iniciantes e veteranos da modalidade do fly. Em meio a tanta informação de qualidade, o dia passou rapidamente e no final da tarde ficou evidente o quanto esse encontro acrescentou a todos, seja para aprimorar técnicas, seja para “atar” nossa amizade e tornar o fly mais forte. 

     Mais detalhes sobre a estação de atado:

       Iniciamos com uma mesa redonda de atado onde foi apresentadas moscas de grande eficiência para o flyfishing em nossa região, visando às principais estrelas do nosso cerrado: o Tucunaré e a pirapitinga do sul, peixes de comportamentos distintos e que exigem diferentes técnicas para sua captura. O tucunaré é nosso anfitrião dos lagos e represas, mais comumente pescado na pesca embarcada, enquanto a pirapitinga é nossa princesa das correntezas na pesca desembarcada. A gama de técnicas de arremessos e atado exigidos por esses dois peixes nos estimula a aperfeiçoar nossas estratégias de pesca, que se inicia na mesa de atado e termina com o peixe na mão, sendo devolvido à água. Entre esses dois acontecimentos um grande universo foi criado e tem se desenvolvido há séculos, entrelaçando relações saudáveis entre homem e natureza. 
Para a pesca de vadeio em pequenos rios e riachos, Leandro Vitorino apresentou um passo a passo do atado do inseto adulto da Mayfly (fase terrestre), que também possui uma fase aquática e faz parte do cardápio alimentar de peixes insetívoros de pequeno e médio porte em vários lugares do mundo. Outras variações de atado dessa mosca também foram colocadas por outros colegas.
 
 

 Outra excelente mosca para o vadeio apresentada por Rafael Pacheco foi a Hellgramite (fase aquática), ninfa da Formiga-Leão (fase terrestre), um inseto extremamente predador em seus dois ciclos de vida, presente em várias regiões do Brasil. Apesar da aparência bizarra é muito apreciada pelos peixes. O amigo Rafa se empenha em adaptar o atado  dessa mosca a partir das técnicas de atado das consagradas “stonefly”, para aumentar o índice de captura em nossas pescarias, fazendo com que aumente ainda mais nossa ansiedade no aguardo pelo início da temporada de pirapitingas de 2010.
 
  
No estado de Goiás estão presentes três espécies nativas de tucunarés, o azul, o amarelo e o pitanga, colocados em ordem decrescente de tamanho, porém de crescente agressividade.
Os pescadores Cleiton (Nuclel) e Érick coordenaram brilhantemente o atado da Clouser-minow, uma das moscas que lideram o ranking da preferência nacional quando o assunto é tucunarés. Os mínimos detalhes dessa isca foram muito bem apresentados, deixando o seu atado ao alcance de qualquer mosqueiro, independente do seu nível de evolução técnica.

 
  

Em meio a essa proveitosa interatividade, posicionamos o estado de Goiás no cenário brasileiro de pesca com mosca.
Convidamos todos os mosqueiros do Brasil a participarem dos eventos da GO FLY que serão postados em nosso blog antecipadamente.

Aguardamos o próximo encontro!


Equipe GO FLY