domingo, 22 de julho de 2012

I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PESCA COM MOSCA


O 1° Simpósio de pesca com mosca surgiu da necessidade de ter um evento de grande porte para consolidar a pesca com mosca, bem como, a primeira organização formal da classe de mosqueiros em nível Nacional. Ambas com objetivo de desenvolver a pesca com mosca.

DATA: 05/08/2012
Cidade: Goiânia (GO)

Local: Clube de Pesca Lago Verde (auditório)

Endereço: Rodovia GO – 070 (Saída para Inhumas)

Para quem quiser conhecer ou se hospedar no Clube de Pesca Lago Verde ECO-HOTEL poderá conhecê-lo pelo site: www.clubedepescalagoverde.com.br
Investimento: Será cobrado apenas a entrada ao clube
INSCRIÇÕES ON LINE:
INFORMAÇÕES goiasfly@hotmail.com TAMBÉM PELO TEL: 61 81205641 (KELVEN)
ou no dia do evento

CRONOGRAMA

08:00 - Inscrições e café da manhã

08:30 – ABERTURA DO SIMPÓSIO: Leandro Vitorino – GO FLY

a)             Apresentação do cronograma do Simpósio;

b)             História e conceitos da pesca com mosca;

     c)              Ambientes onde se Pratica a pesca com mosca (rios, mares e mangues);

d)             A pesca com mosca no Brasil;



08:50 – Apresentação da Associação Brasileira de Pescadores com Mosca - ABPM

a)             Palestrante: Klaus Lay (ABPM) e Rogério Batista (ABPM)

b)             Como se formou a ABPM;

c)              Objetivo filosofia e missão da ABPM;

d)             Futuros projetos da ABPM;

e)             Importância de se associar à ABPM;

f)              Importância do um órgão de classe;

g)             Como se associar?

09:10 – Apresentação do Projeto Piratipinga: Oscar Vitorino (BIÓLOGO)

a)      Apresentação do Projeto;


09:30 – MESA 1: A PESCA DAS TRUTAS: Rogério Batista - ABMP

a)             Origem da truta;

b)             A pesca da truta;

c)              Trutas brasileiras (locais de ocorrência);

d)             Como eu pesco as trutas brasileiras?:

a.       Estilo de pesca;

b.      Equipamentos recomendado (Carbono e Bamboo);

c.       Leader recomendado;

d.      Moscas recomendadas;

e)             Trutas Patagônicas:

a.       Espécies;

b.      Principais diferenças das trutas brasileiras;

c.       Trutas de rios (situação de pesca, equipamentos, moscas, etc.);

d.      Trutas de lagos (situação de pesca, equipamentos, moscas, etc.);

f)              Consenso resumido pelo moderador.


11:00 – MESA 2: PESCA DE PEIXES AMAZONICOS (TUCUNARÉ E ARUANÃ): Kelven Lopes – GO FLY

a)             Biologia da espécie e bacias de ocorrência;

b)             Situação de pesca;

c)              Equipamento Recomendado;

d)             Leader;

e)             Moscas;

f)              Onde pescar?

g)             Perguntas à plateia;

h)             Consenso resumido pelo moderador.


12:30 - 14:00 – INTERVALO PARA ALMOÇO
14:00 – MESA 3: A PESCA DO DOURADO: Kelven Lopes (Brasília-DF)

a)             Equipamento;

b)             Leader e shock leader;

c)              Moscas;

d)             Onde pescar? (Argentina e Pantanal);

e)             Perguntas à plateia;

f)              Consenso resumido pelo moderador.


15:30 – MESA 4: A PESCA DE PEQUENOS PEIXES: Leandro Vitorino (Goiânia-GO)

a)             Pescar pequenos peixes vale a pena?;

b)             A pesca do lambari;

c)              Situação de pesca;

d)             Equipamentos para lambari (vara e leader);

e)             Moscas;

a.                  Terrestriais X Secas tradicionais

b.                  Ninfas X Streamers (andinos)

f)              Lambari-largo (diferenças e moscas)

g)             Outros (saicangas, jacundás, etc.)

h)             A pesca da pirapitinga-do-sul;

i)               Equipamento para pirapitinga (Carbono/bamboo);

j)               Perguntas à plateia;

k)             Consenso resumido pelo moderador.


16:30 – AULA DE ARREMESSO: Leandro Vitorino (Goiânia-GO)

a)             Mecânica do arremesso (transmissão da energia)

b)             Descrição dos tipos de arremesso

c)              Iscas e arremessos

d)             Prática de arremesso (dicas de vadeio e estratégias de ataque ao pesqueiro)


quinta-feira, 5 de julho de 2012

ARUANÃS E AS MOSCAS, UMA UNIÃO PRA LÁ DE EMOCIONANTE


ARUANÃS E AS MOSCAS, UMA UNIÃO PRA LÁ DE EMOCIONANTE

Por: Kelven Lopes
Fotos: Kelven Lopes e Max

Um pouco sobre o peixe

Um dos representantes da ordem dos osteoglossiformes, e primo próximo do pirarucu, o aruanã Osteoglossum bicirrhosum recebe uma gama de nomes populares conforme a região. No Estado do Amazonas, recebe os nomes de sulamba, peixe facão, macaco d´água.  Já nos países Amazônicos de língua hispânica como Colômbia e Peru, recebe o nome de arawana e lebreu. Na região do Araguaia-Tocantins, também é conhecido como peixe macaco.

Deixando de lado os apelidos, falaremos um pouco mais deste maravilhoso acrobata aquático.

 Soltura de aruanã.


Tanto o aruanã, como o pirarucu, apresentam como característica comum: a língua ossificada. O aruanã têm dentes cônicos em todo o contorno da boca, formando uma barreira áspera e pontiaguda, onde as presas tem pouca chance de fuga.

As escamas são grandes, e distribuídas em um mosaico bem tramado, com coloração cinza claro a verde escuro, conforme a água, com tons avermelhados nas bordas das escamas.  Apresentam corpo longitudinal quilhado no ventre, onde as nadadeiras dorsal e anal, quase unem-se a caudal. Peixe de grande porte podendo chegar até um metro de comprimento e mais de cinco quilos.
Escamas de pirarucu, com detalhe a linha lateral bastante pronunciada.
Escama de pirarucu, demonstrando a borda esterna colorida de vermelho.
Escamas de Aruanã.

 
Espécie carnívora alimenta-se de peixes e insetos. Exímio saltador, pode pular fora da água para capturar insetos nos troncos das árvores nas épocas de cheia. Por meio desta característica, às vezes captura as iscas quase que fora d’água, proporcionando agradáveis surpresas aos pescadores.

Apresenta uma arma anexa que auxilia na captura de insetos, um par de barbilhões ou barbelos inseridos na maxila inferior. Estes barbilhões comportam-se como uma espécie de radar que captam de vibrações dos insetos que caem na água. Os aruanãs sempre nadam na superfície da água, geralmente à procura de insetos. Mesmo em águas barretas como na maioria das vezes encontram-se as dos lagos do Araguaia, é possível a captura de aruanãs com moscas de superfície.

 
Desenho esquemático da estrutura bucal do aruanã, com detalhe nos barbilhões ou barbelos.
O Rio Araguaia
O rio Araguaia é considerado a joia hídrica do Centro-Oeste, nasce na Serra do Caiapó no Estado de Goiás nas proximidades do Parque Nacional das Emas, recorta os estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará.
Aspiração para artistas que relatam em suas canções e contos, histórias românticas e, saudosas de suas águas. As quais também motivam e encorajam pescadores esportivos a aventurar-se em uma pescaria, tanto pela quantidade, quanto pela diversidade de peixes.
Lar de peixes grandes como a piraíba e a pirarara que fazem do leito do rio, sua morada permanente independente da época ou nível das águas. Tanto em seus inúmeros lagos que são o berçário natural das espécies de peixes forrageiros que são base da cadeia alimentar.


 
Amigo Caroçinho exímio pescador de feras.


A Pesca

Devido às características de natação e alimentação, a nossa pescaria por vezes se confundia com caça. O safári era visual, uma vez que os peixes eram avistados na superfície da água, logo os arremessos eram disparados na frente no mesmo sentido que estavam nadando. Quando as iscas eram sentidas pelo bicho, logo um bote certeiro semelhante a uma cobra era disparado, pronto: a isca já estava na boca e o peixe na linha.

Geralmente apresentam-se em formações de pequenos cardumes ou em pares, o que torna a pescaria mais divertida. Proporcionando algumas vezes a captura de dubles.


 Grande parceiro e experiente pescador, Max posa para mostrar a captura dupla para celebrar a amizade e companheirismo, peça chave para uma boa pescaria.




Aruanã capturado por Max com isca terrestrial.

A inspiração para a mosca terrestrial


Os inúmeros lagos do Araguaia que outrora eram repletos de peixes, onde os tucunarés imperavam, hoje dificilmente são capturados, principalmente nos lagos próximos as cidades lindeiras ao rio.

Mesmo com as legislações pesqueiras mais protecionistas e campanhas de fiscalização frequentes emanadas pelo Estado de Goiás, ainda não são suficientes para reverter este quadro.


O Tucunaré teve uma aparição tímida.

Mesmo estando no topo da cadeia alimentar, às vezes o jogo muda. Detalhe ao final da cauda uma mordida de jacaré.


O jacaré.
As espingardas e munições
Os equipamentos utilizados foram varas com numeração entre 5 e 6 com linhas flutuantes. Lideres com 8-9 pés de comprimento, terminando com linhas 0,40 mm para aguentar os dentes dos aruanãs. As iscas mais utilizadas foram de superfície como popper´s e grandes insetos terrestriais. As iscas molhadas como “sex gugeon e andinos” fizeram mais sucesso com traíras e com as desagradáveis piranhas.
Amigo mosqueiro que for pescar no Araguaia, além de ter grandes emoções com os aruanãs, terá a oportunidade de renovar as iscas velhas da caixa, porque as piranhas não deixarão elas voltarem ilesas para casa, com sorte voltarão os anzóis.
Traíra com popper.

Abraços Kelven