segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Cerrado: Território do vadeio brasileiro. (Parte I)

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Por: Leandro Vitorino
 Foto: Rafael Pacheco
Cachoeiras, cascatas e rios transparentes entrelaçados num cerrado preservado; todo esse cenário já seria o suficiente para agradar qualquer amante da natureza. Mas isso é apenas a ponta do Iceberg das inúmeras qualidades que a região de Pirenópolis reserva para nós mosqueiros.
Quando se compreende este paraíso, está fisgado!
 Foto: Rafael Pacheco
            Aqui é possível entrar no berço técnico do flyfishing que em seus primórdios foi desenvolvido com vadeios pelos rios.  
“Piri” é uma região que põe à prova toda a habilidade técnica existente no flyfishig de “raiz”. Fazer uma leitura correta do rio e uma boa observação do ambiente, entendendo as pequenas cadeias alimentares que se formam em cada trecho, é fundamental para se escolher a mosca ideal para cada ocasião. O domínio de uma boa gama de arremessos é indispensável para apresentar a mosca no local exato de onde você interpretou que pudesse estar o peixe.
As maravilhas do nosso cerrado:

 Foto: Leandro Vitorino
Em Piri, possui alguns rios com trechos preservados com mais de 10 km que permitem a caminhada pela água. Correntezas rápidas e rasas, com apenas 40 cm de profundidade abrigam vorazes pirapitingas. Suas nadadeiras alaranjadas presas em um corpo esbelto embelezam ainda mais sua hidrodinâmica. É uma saltadora nata, que intensifica seus saltos quanto mais raso for o local de captura. Existe uma grande distancia entre fisgar a pirapitinga e conseguir tê-la nas mãos. Ela possui uma grande relação potência/peso, sem contar que é extremamente sábia e usará a correnteza, as cachoeiras e as estruturas submersas a seu favor. A pirapitinga tem um conhecimento meticuloso das estruturas ao seu redor, fato esse que numa ocasião uma delas foi fisgada pelo amigo Rafa e chegou a se “enlocar”, desgastando o líder, o que quase ocasionou a sua perda. Ainda bem que esse comportamento é pouco comum entre as pirapitingas, caso contrário, o pescador certamente acabaria frustrado. 
Pirapitinga fisgada na pâncora morta (anzol #10).                         
Foto: Olímpo Vitorino 


Continua...