quinta-feira, 21 de julho de 2011

Texto e fotos: Leandro Vitorino 


1- Alencar, pioneiro da pesca com mosca em Goiás, estréia com as Pirapitingas;

2- Tanajura (por Leandro Vitorino);

3- Tenkara (por Jorge Pozzobon).


     Nessa ultima semana, Goiás sofreu ondas de calor e por sorte conseguimos planejar um vadeo de pirapitingas no último fim de semana. Eu, Alencar e Rafael Pacheco acordamos em Piri as 5:30 hs e após 1.600 metros de caminhada pelo cerrado, sentindo o aroma da manhã e contemplando a lua cheia, chegamos ao nosso primeiro ponto.

Pirapitingas
     O calor acabou aumentando o metabolismo das pirapitingas naquela semana, fazendo com que saíssem do fundo e das espumas e se movimentassem por todo o rio a procura de comida. Isso nos estimulou em pousarmos nossas moscas secas. Esperávamos que pudéssemos ter algumas tímidas ações, mas não, tivemos mesmo inúmeras ações explosivas.

Pirapitinga no equipo #2 de 6' e mosca seca

Alencar e sua pirapitinga
     O primeiro a lançar mosca foi o Alencar e logo na primeira caída mostrou a que veio: uma bela pirapitinga atacou o seu grilo e duelou com seu equipo #2 (ultra light de 6’). Gente... que luta... Prazer que foi saboreado por Alencar e dividido com nós que torcíamos por ele. Uma frase do Alencar já definia sua satisfação: “Já fiz o meu dia, mas bora continuar...”, mostrando estar bem disposto a vadear por terrenos difíceis que expõe o mosqueiro a certos riscos.

     Um pouco mais acima Rafa já “atirava” outro grilo... e mais outra pirapitinga.

     Depois dos dois ter capturado aquelas pirapitingas, me vi no direito de também pichar minha dry Tanajura. Larguei a câmera e montei minha Tenkara 10’1” by Jorge. Por estar em cima de um cânion e pela água estar muito clara, necessitava de uma apresentação mais distante, acabei usando uma running line #2 Floating de 5 metros com um líder cônico 3X. Mas tenho certeza que quando vier as primeiras chuvas (revoadas) e a água der uma esverdeada poderei usar tranquilamente uma linha mais curta, seja de tenkara tradicional ou brazuca. A emoção foi dupla: estreando a tanajura com a Tenkara nova, que por sinal demonstrou muita eficiência e prazer de captura.

Pirapitinga morde tanajura apresentada na Tenkara, num cânion. Foto: Rafael Pacheco

     A tanajura (inseto mais cobiçado entre todos pelas pirapitingas) me deu o prazer de estrear minha tenkara com uma esportiva pirapitinga. Mesmo não sendo uma pirapitinga grande, brigou bonito e hora nenhuma senti inseguro com o equipamento. Tá mais que aprovado essa tenkara! Muito obrigado Jorge pelo acabamento personalizado que deu na customização da vara, SHOW!!!
    Subimos mais 4.600 metros de pura emoção, só nas secas. O Rafa capturou cinco pirapitingas. Tive a sorte de fisgar as duas maiores do dia com as tanajuras e o azar de perdê-las também... Fiquei imaginando quantas ações elas poderiam gerar na época de revoadas: “que venham as revoadas”.
    Muitas ações, muitas emoções e amizade, num dos rios mais belos que já pesquei. Como sempre, a sensação de que a todo tempo a natureza nos espiava e a cada passo ela nos enchia com seus encantos.

Várias armadilhas de Formiga-leão.

     Obrigado Alencar e Rafa pela companhia. Parabéns Jorge pela iniciativa e coragem de customizar Tenkaras no Brasil!!!