Escama
de pirarucu, demonstrando a borda esterna colorida de vermelho.
Escamas de Aruanã.
Espécie
carnívora alimenta-se de peixes e insetos. Exímio saltador, pode pular fora da
água para capturar insetos nos troncos das árvores nas épocas de cheia. Por
meio desta característica, às vezes captura as iscas quase que fora d’água,
proporcionando agradáveis surpresas aos pescadores.
Apresenta
uma arma anexa que auxilia na captura de insetos, um par de barbilhões ou
barbelos inseridos na maxila inferior. Estes barbilhões comportam-se como uma
espécie de radar que captam de vibrações dos insetos que caem na água. Os
aruanãs sempre nadam na superfície da água, geralmente à procura de insetos.
Mesmo em águas barretas como na maioria das vezes encontram-se as dos lagos do
Araguaia, é possível a captura de aruanãs com moscas de superfície.
Desenho esquemático da estrutura bucal
do aruanã, com detalhe nos barbilhões ou barbelos.
O Rio Araguaia
O
rio Araguaia é considerado a joia hídrica do Centro-Oeste, nasce na Serra do
Caiapó no Estado de Goiás nas proximidades do Parque Nacional das Emas, recorta
os estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará.
Aspiração
para artistas que relatam em suas canções e contos, histórias românticas e,
saudosas de suas águas. As quais também motivam e encorajam pescadores
esportivos a aventurar-se em uma pescaria, tanto pela quantidade, quanto pela
diversidade de peixes.
Lar
de peixes grandes como a piraíba e a pirarara que fazem do leito do rio, sua
morada permanente independente da época ou nível das águas. Tanto em seus
inúmeros lagos que são o berçário natural das espécies de peixes forrageiros
que são base da cadeia alimentar.
Amigo Caroçinho exímio pescador de
feras.
A Pesca
Devido
às características de natação e alimentação, a nossa pescaria por vezes se
confundia com caça. O safári era visual, uma vez que os peixes eram avistados
na superfície da água, logo os arremessos eram disparados na frente no mesmo
sentido que estavam nadando. Quando as iscas eram sentidas pelo bicho, logo um
bote certeiro semelhante a uma cobra era disparado, pronto: a isca já estava na
boca e o peixe na linha.
Geralmente
apresentam-se em formações de pequenos cardumes ou em pares, o que torna a
pescaria mais divertida. Proporcionando algumas vezes a captura de dubles.
Grande
parceiro e experiente pescador, Max posa para mostrar a captura dupla para
celebrar a amizade e companheirismo, peça chave para uma boa pescaria.
Aruanã capturado por Max com isca
terrestrial.
A inspiração para a mosca terrestrial
Os
inúmeros lagos do Araguaia que outrora eram repletos de peixes, onde os
tucunarés imperavam, hoje dificilmente são capturados, principalmente nos lagos
próximos as cidades lindeiras ao rio.
Mesmo
com as legislações pesqueiras mais protecionistas e campanhas de fiscalização
frequentes emanadas pelo Estado de Goiás, ainda não são suficientes para
reverter este quadro.
O Tucunaré teve uma aparição tímida.
Mesmo estando no topo da cadeia
alimentar, às vezes o jogo muda. Detalhe ao final da cauda uma mordida de
jacaré.
O jacaré.
As espingardas e
munições
Os
equipamentos utilizados foram varas com numeração entre 5 e 6 com linhas
flutuantes. Lideres com 8-9 pés de comprimento, terminando com linhas 0,40 mm
para aguentar os dentes dos aruanãs. As iscas mais utilizadas foram de
superfície como popper´s e grandes insetos terrestriais. As iscas molhadas como
“sex gugeon e andinos” fizeram mais sucesso com traíras e com as desagradáveis
piranhas.
Amigo
mosqueiro que for pescar no Araguaia, além de ter grandes emoções com os
aruanãs, terá a oportunidade de renovar as iscas velhas da caixa, porque as
piranhas não deixarão elas voltarem ilesas para casa, com sorte voltarão os
anzóis.
Traíra com popper.
Abraços Kelven
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