terça-feira, 28 de janeiro de 2014

PATAGÔNIA ARGENTINA, POR UM OLHAR BRASILEIRO…

Texto: Leandro Vitorino
Fotos: Cristiano, Rogério e Leandro

Rogério Batista e sua "Marrom residente ". Foto: Leandro Vitorino
     Existem belos labores naturais que vislumbram os olhos, encantando o nosso íntimo num enlace eterno.

O caminho...Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
O final do Arco-íris nos guardava belas trutas de mesmo codinome. Foto: Leandro Vitorino 
      Entre campos e morros escalpados, se elevam picos nevados que alcançam as nuvens, em seus baixios escorrem veias d’água cristalinas que recortam jardins floridos e vales rupestres, criando paisagens fotogênicas e sensações que explicam os porquês de sermos mosqueiros. Neste momento entendemos os reais motivos de nossas escolhas...

Mamãe gambá com seus dois filhotes. Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
     A Cordilheira dos Andes é formada por uma cadeia de montanhas de alta altitude que se distribui num alinhamento paralelo ao Oceano Pacífico, sendo uma fronteira natural entre Chile e Argentina. Esse fenômeno geológico, agregado ao clima e sua biodiversidade fez nascer uma região denominada Patagônia. A sua face voltada ao oceano Pacífico integra a Patagônia Chilena, enquanto a sua face ao continente denomina-se Patagônia Argentina.

Grande presença de lebres. Foto: Leandro Vitorino. 
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
     Minha primeira visita à Patagônia Argentina se deve ao convite do meu grande amigo Rogério Batista, nosso vice-presidente da Associação Brasileira de Pesca com Mosca e administrador do site Mosca N’água. Nosso querido Jamanta, como é conhecido Rogério, foi responsável pela organização de nossa viagem e por nos guiar nos confins desse vasto território. 

Foto: Leandro Vitorino
Peças da natureza: " Cumé que eu vou engolir um cara desse tamanho? " Foto: Leandro Vitorino
    “Del fin do mundo”, como também se rotula um bom vinho local, me trouxe uma experiência nova e apaixonante, onde pude praticar alguns dos meus hobbies preferidos: fotografia de natureza, pesca com mosca e culinária.  

Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino

Foto: Leandro Vitorino
Caminhar e pensar na vida. Foto: Leandro Vitorino
Isso é o que eu chamo de um mosqueiro de muita bagagem...kkk... Foto: Leandro Vitorino

ENTOMOFAUNA LOCAL E COMPORTAMENTO ALIMENTAR DAS TRUTAS

Essa espécie de stonefly eclodia muito mais à deriva do que subindo em pedras, comportamento diferente do convencional das demais espécies de stones.  Foto: Leandro Vitorino
A ninfa de stone que encontramos por lá possuía 5 cerdas na cauda (além das duas principais ainda havia mais três acessórias), que também permanece em sua fase adulta. Possuía dez anéis no abdome. Foto: Leandro Vitorino  
     Aproximando-se dos rios e lagos patagônicos, nos deparamos com belas espécies de salmonídeos. Peixes que durante a primavera e verão, principal janela reprodutiva dos insetos, aproveitam para se banquetearem. 

Ninfa de Mayfly. Foto: Leandro Vitorino
    Durante a primavera e verão, os insetos aquáticos emergem com mais frequência para sua tarefa reprodutiva. Os insetos terrestres também revoam para expandir sua espécie. Essa ocasião gera a oportunidade da truta se alimentar com mais fartura e ao mesmo tempo do mosqueiro praticar seus conhecimentos.

Ninfa de Dragonfly. Foto: Leandro Vitorino
Gafanhoto (Grasshopper), muito comum na pedras das margens do rio. Foto: Leandro Vitorino
     Na entomodiversidade aquática local se destacam os dípteros (midges), stoneflies, caddisflies, mayflies, damselflies (donzelinhas) e dragonflies (libélulas). As eclosões dessas ninfas aquáticas para a fase terrestre ocorrem de forma cadenciada no ambiente, apresentando muitas vezes picos de eclosão de uma determinada espécie, que às vezes também podem se misturar com eclosões de outras espécies. 

Casi caddis de pedras, fase aquática. Foto: Leandro Vitorino
Caddisfly, fase aquática. Foto: Leandro Vitorino
Caddisfly em fase aquática, eclodindo do casi. Foto: Leandro Vitorino
Caddisfly adulta, na fase terrestre. Foto: Leandro Vitorino
     No momento do pico de eclosão, também chamado de “hatch”, a truta se alimenta de forma mais seletiva. Isso ocorre, pois, na tentativa de aproveitar ao máximo a oferta do inseto que está eclodindo, a truta se fixa à silhueta do inseto em evidência, se mostrando indiferente à mosca que não represente a silhueta do inseto do hatch.

ATADO

As terrestriais com pêlo fazem um pouso mais amortecido na apresentação, fator que fez a diferença em nossa pescaria de vadeo. Mesmo que não sejam tão realistas, os attractors possuem a silhueta e a deriva similar a de um inseto terrestre real. Foto: Leandro Vitorino
     O estudo entomológico incorpora ao mosqueiro um conhecimento mais aprofundado da anatomia, tamanho e cores dos insetos, de forma que a mosca fica mais fácil e realista ao ser atada, momento no qual o atador deve tentar respeitar as proporcionalidades morfológicas dos insetos. Apesar da importância de se saber atar, não é só através de um bom atado que se constrói um bom mosqueiro...

Goddard Caddis (dry fly). Foto: Leandro Vitorino
     Durante o hatch, as trutas se posicionam próximo à superfície e ficam mais seletivas, portanto uma vez que o mosqueiro descubra o inseto que está eclodindo e faça boas apresentações da mosca, ele poderá curtir a incrível pesca com moscas secas (dry flies) com excelente produtividade. À Exemplo de nossa viagem, durante o hatch de mayfly, a mosca Adams (dry fly) foi bem produtiva; já no hatch de Caddisfly, a mosca que a imitava se mostrou imbatível. Como tivemos Hatches de Caddis quase todos os dias, Caddis foi nosso carro chefe.

Stonefly GO FLY. Foto: Leandro Vitorino

CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS

Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
     Nossas considerações técnicas não têm a pretensão de serem completas, tampouco de estabelecer regras, pois alem de não possuir experiência para tal, também entendemos que as regras muitas vezes se tornam armadilhas viciosas ao mosqueiro. Nossas dicas são fundadas em algumas boas literaturas e observações atentas da ictiofauna em ecossistemas selvagens.

Jamanta na labuta... Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Jamanta com sua "marrom residente" fisgada no visual, durante o "banho de sol". Foto: Leandro Vitorino
     As experiências vividas nos vadeos desenvolve no pescador uma intuição (“feeling”) para realizar uma boa observação do rio. Olhos atentos conectados à uma bagagem de bons conhecimentos produzem boas leituras, permitindo entender os corredores de alimentação e perceber os insetos que estão eclodindo ou caindo na água.  Esses agregados certamente lhe colocarão uma carta na manga que poderá ajudar o mosqueiro a “sentir a química do peixe” e articular a melhor estratégia de ataque ao ponto de pesca.

Cristiano no trabalho... Foto: Leandro Vitorino     
Foto: Leandro Vitorino
Cristiano. Foto: Leandro Vitorino
Marrom fisgada na ninfa de damselfly. Foto: Leandro Vitorino
Ninfa de Dragon, algumas vezes uma boa opção junto as algas submersas. Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino

ESCOLHA SUA “TRUTA ALVO” PELO RISE

     Até a forma da truta se alimentar na superfície é capaz de denunciar o tipo de inseto que ela está se alimentando. O deslocamento de água na superfície provocado pela subida do peixe para alimentar-se é chamado de “Rise”

Caddisfly à deriva durante o hatch. Foto: Leandro Vitorino
"RISE". Foto: Leandro Vitorino
Jamanta, trabalhando na habilidade. Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Macho de arco-íris. Foto: Leandro Vitorino

     Existem rises em que a truta mostra-se até a cauda, permitindo que o mosqueiro possa estimar seu tamanho e escolher a sua “truta alvo”. Para fisgá-la, o mosqueiro deverá ter cautela na aproximação e caprichar na apresentação, colocando a mosca seca numa pequena distância acima do rise, deixando-a derivar na linha de ocorrência rise, se não houver falhas nesse procedimento, o pescador terá grande chance de observar sua mosca sendo mordida. A fisgada deverá ser imposta no momento em que a truta direciona sua cabeça ao fundo, em geral esse tempo dura em média um segundo, mas que no coração de um mosqueiro adrenalizado esse fiasco de tempo parece durar uma eternidade e nem sempre é bem administrado pelo pescador.


Grande peixe perdido, três dias depois... o reencontro (foto abaixo). Foto: Leandro Vitorino
Durante um hatch de fim de tarde, observei um rise de uma grande truta. Após uma aproximação cautelosa, coloquei minha mosca na cara do peixe. Fisgada com mosca seca, anzol #16 e tippet 5X. Batalha que durou cerca de 20 min, entrando noite a dentro. Foto: Rogério (Jamanta)

Minha marrom na ninfa de Dragonfly. Foto: Cristiano
Olê... Foto: Leandro Vitorino
Arco-íris. Foto: Leandro Vitorino
Foto: Cristiano.
     Enquanto se alimentam de insetos emergentes, o deslocamento do peixe é bem tímido, mais lento, provocando poucas ondulações na superfície, mesmo porque nesse momento o inseto praticamente não está em condições de fuga. Após emergir, o inseto eclode de seu exoesqueleto ninfático e ainda deriva por um momento, na tentativa de esticar e secar as suas asas, até aí a truta ainda se alimenta de forma sutil. Mas, a partir do momento que o inseto inicia o batimento de suas asas durante a deriva na tentativa de voo, a truta começa a imprimir investidas mais agressivas, chegando ao ponto da truta saltar fora d’água.

Paisagem patagônica. Foto: Leandro Vitorino
Observando picos nevados ao fundo, com os pés na água corrente e cristalina e trabalhando uma linda truta. São momentos como esse que atraem tantos mosqueiros à Patagônia. Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Mosqueiro em seu momento. Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
     Nos hatches de mayfly, de um modo geral, observamos rises mais tímidos, os de Caddis já são um pouco mais agressivos. Nos hatches de stonefly ou queda de terrestriais na água as investidas são bem mais potentes, chegando a ter rises mais explosivos. Tudo indica que a agressividade do peixe em seus ataques pode estar relacionado ao tamanho do inseto, mas não se trata de uma regra geral, pois também observamos trutas subindo lentamente para morder terrestriais.

Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Cristiano apresentando. Foto: Leandro Vitorino
Derivando a seca... Foto: Leandro Vitorino
Enquanto isso, Jamanta levanta a vara pra evitar afrouxar a linha da truta que corria em sua direção. Foto: Leandro Vitorino
Ao mesmo tempo, Cristiano cravava mais uma. Foto: Leandro Vitorino
Mosqueiro com olhar no peixe. Foto: Leandro Vitorino



Bela truta do Cristiano. Foto: Leandro Vitorino
Dublê dos amigos!!! Foto: Leandro Vitorino
UP STREAM COM TERRESTRIAIS:

Gafanhoto GO FLY em ação. Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Local promissor para apresentar terrestriais. Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
     Fora os instantes do hatch, pouquíssimas vezes a truta irá se comportar de forma seletiva. Na ausência dos hatches, a truta se alimenta de forma mais oportunista, possibilitando que uma maior variedade de mosca gere produtividade, incluindo streamers e moscas terrestriais. Se o mosqueiro observar que naquele momento não está havendo eclosões e presenciar um ataque agressivo na superfície, muito provavelmente ali derivava um inseto terrestre. As investidas das trutas nas terrestriais costumam ser mais imponentes do que nas moscas secas pequenas, pois instintivamente elas sabem que aquele grande e suculento inseto poderá decolar a qualquer momento. 

Foto: Leandro Vitorino
     A apresentação de moscas terrestriais no up stream geram cenas épicas de ataques explosivos na superfície, mas para se ter boa produtividade com essas moscas é necessário saber quando usá-las. Durante os hatches, por exemplo, não é um bom momento para se usar moscas terrestriais. Os melhores momentos são: na ausência de hatches e nos locais em que a água passa por um corredor mais veloz. A presença de uma mosca terrestrial descendo corredeira abaixo sugere à truta uma oportunidade ímpar de conseguir uma grande oferta proteica. A corredeira rápida também faz com que a truta não tenha muito tempo para analisar a situação, e não “pensa duas vezes”... sobe freneticamente ao ataque, podendo até mesmo saltar da água com a mosca na boca no momento da pegada.

Terrestrial à deriva. Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Luta dura na correnteza. Foto: Cristiano
Foto: Cristiano
Essa vai ficar na memória...Foto: Cristiano
A terrestrial ficou pequena na boca desse macho de arco-íris. Foto: Cristiano
     Eu, o Cristiano e o Rogério, fizemos uma bela empreitada na Patagônia Argentina, vadeamos por rios pequenos, médio e grandes, ocasiões que se aplicam técnicas distintas de pesca por apresentarem situações diversificadas. Conhecemos um pouco da vegetação e dos animais de cada local. 


Grande e interessante espécie de gafanhoto patagônico. Foto: Leandro Vitorino
    
Foto; Leandro Vitorino

Pescando com ratos. Foto: Leandro Vitorino
Pescaria de lago, fisgando trutas grandes...

Foto: Leandro Vitorino
Nascer da lua...Foto: Leandro Vitorino
Foto: Cristiano
Marrom de lago, fortes também. Foto: Jamanta
Rogério com seu troféu do lago. Foto: Leandro Vitorino 
Foto: Cristiano
Dizer mais o quê meu amigo... Foto: Leandro Vitorino
Fim de tarde no lago. Foto: Leandro Vitorino

EM BUSCA DAS "TRUTAS RESIDENTES"...

Truta residente em seu banho de sol. Foto: Leandro Vitorino
       Sem dúvida alguma, os pequenos rios de águas claras são os que mais produzem cenários hostis e elegantes. Realizar um vadeo rio acima (up stream), pescar no visual com mosca seca à deriva, fisgando arco-íris e marrons, cenas emolduradas por picos nevados da pré-cordilheira... é mágico...

Parada pra apreciar o rio e montar estratégias... Foto: Leandro Vitorino

     Com uma abordagem correta dos pontos é possível se pescar quase sempre com mosca seca. Existem poços e corredores mais profundos com várias trutas de pequeno e médio porte, mas geralmente apenas uma ou duas trutas de grande porte, chamadas trutas residentes, que geralmente são mais territoriais. As trutas residentes costumam fugir de ambientes com muita pressão de pesca, preferindo ambientes mais inóspitos. As hostilidades locais também parecem elevar as chances de haver uma grande truta residente. Pra quem procura as grandes trutas residentes, aconselho que não saia pinchando aleatoriamente nesses locais, evitando que a truta pequena morda a mosca antes da grande, o que acabará “estressando o ponto”. Sugiro que tente localizar a truta residente no visual para só então direcionar um tiro certeiro. As trutas residentes geralmente são vistas se alimentando ou paradas em seu tradicional “banho de sol”. Caso não consiga a visualização da truta residente, o ideal é direcionar os pinchos nas áreas mais nobres dos corredores mais profundos. O “drop off” (área de afundamento brusco) do corredor localizados no meio do corredor ou no seu começo são considerados áreas nobres. Nos corredores, os cabeços de pedras grandes, assim como áreas sombreadas também correspondem áreas bem produtivas. Caso a truta residente esteja colada ao fundo do rio, é aconselhável pescar ninfando (nymphing) com moscas molhadas (wets flies) ou apresentar uma terrestrial, dois extremos de se mosquear nessa situação. A terrestrial tem a capacidade de levantar grandes trutas nos corredores fundos e rápidos. 

Truta fisgada no visual no seu banho de sol. Foto: Jamanta


Rogério apresentando no visual. Foto: Leandro Vitorino
Fisgando...
Foto: Leandro Vitorino

Labutando...
Foto: Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino
Rogério trabalhando e Cristiano observando... Foto: Leandro Vitorino
Rogério soltando e Cristiano Fisgando...
Cristiano dominando...
Bela! Foto: Rogério



EQUIPAMENTOS E LEADERES UTILIZADOS:



     Para o vadeo em rios pequenos, usei equipamento #4. Nos rios de médio porte recomendamos o #5 ou #6. A presença ou não do vento pode variar essas numerações.

     Para as moscas secas pequenas, tradicionais, com anzóis de #12 à #16, utilizamos leaderes de 12’ com tippet 4X e 5X. Para as terrestriais utilizamos leaderes de 9’ com tippet 3X.

    No vadeo usamos apenas linhas floating (flutuantes) no formato WF tradicional, mas na ausência de vento uma linha no formato Triangle taper (TT) fará uma apresentação mais suave da mosca.

     Apesar das recomendações descritas acima, entendemos que todas elas podem sofrer variações dependendo da situação de pesca.

DIVERSÃO E FOTOGRAFIAS À PARTE...

Foto: Leandro Vitorino
Pela longa estrada da vida... Foto:Leandro Vitorino
Foto: Leandro Vitorino

Foto: Leandro Vitorino
Lua que nasce atrás dos morros. Foto: Leandro
     Além da pesca com mosca, degustamos bons vinhos entre os atados e prosas, demos boas risadas e apreciamos a saborosa carne de carneiro regional.


Foto: Leandro Vitorino
Prosa, atado e ... ôh vidinha mais ou menos... Foto: Leandro Vitorino
Produção para o dia seguinte. Foto: Leandro Vitorino
Terrestriais com EVA e pêlo GO FLY. Foto: Leandro Vitorino
    Também produzimos boas fotos. Como tenho enorme prazer em fotografar, quando percebia uma oportunidade de conseguir uma boa imagem, não tinha dificuldades em parar de pescar, largar o caniço e pegar o equipamento fotográfico. A fotografia é uma arte, assim como o atado e a pesca com mosca. Entender a entrada de luz, ter um bom controle manual da velocidade e do ISO são passos básicos iniciais para obter uma boa foto. Além do objeto principal, objetos secundários também podem agregar mais valor a sua fotografia, quando enquadrados adequadamente no campo de imagem. A máquina, quando posicionada em ângulos que fogem do habitual, podem gerar perspectivas diferentes e muitas vezes bem interessantes. A dedicação de um fotógrafo se equipara ao de um bom atirador, devendo desenvolver boa pontaria, controlar a respiração, tremer o mínimo possível, usar o tripé quando necessário, adquirir sensibilidade à momentos propícios, ter um bom posicionamento e clicar no momento certo.

ATÉ A PRÓXIMA...

Só parávamos de pinchar quando a mosca já não era mais vista na deriva... Foto: Leandro Vitorino
       Em todas as artes que envolvem direta ou indiretamente o universo da pesca com mosca, todos somos aprendizes, mas em uma delas nosso trio pode se considerar bem formado: na arte se ser feliz!

Amigo é coisa pra se guardar!
      Obrigado especial ao Cristiano e Jamanta pela excelente parceia e dicas valiosas a mim transmitidas, também aos amigos que espiritualmente também pescaram conosco e que sem estes essa matéria nunca poderia ter sido escrita. Peço desculpas pelos meus erros, pois ainda sou um instrumento com muitas imperfeições a serem corrigidas... Inté mais ver...