Texto: Eduardo Martinelli
Fotos: Eduardo Martinelli, guias Loop Camp Jurassic Lake
O ponto de partida para a viagem
ao Lago é a cidade de El Calafate, na província de Santa Cruz, região sul da
Argentina. Esta cidade se encontra a aproximadamente 80km do Parque Nacional
dos Glaciares, onde pode ser visitado o Glaciar Perito Moreno, a maior geleira
em extensão horizontal do mundo.
Glaciar
Perito Moreno – Parede Frontal. Foto: Eduardo Martinelli
Glaciar
Perito Moreno – Parede Frontal. Foto: Eduardo Martinelli
Glaciar
Perito Moreno – Parede Sul. Foto: Eduardo Martinelli
Glaciar
Perito Moreno – Parede sul e Frontal. Foto: Eduardo Martinelli
Durante a viagem de Calafate ao
Lago Strobel, que dura aproximadamente 6:30 em camionetes 4x4, é comum avistar
bandos de Guanacos, comuns na região.
Comboio de Camionetes
usadas na viagem, no meio da planície patagônica. Foto: Eduardo Martinelli
Guanacos da
Patagônia. Foto: Eduardo Martinelli
Nesta minha segunda visita ao
Strobel, contra todas as estatísticas, o vento passou a maior parte do tempo arriado.
Tudo parado! Situação difícil de encontrar na Patagônia, onde o vento
normalmente castiga bastante o pescador. E a ausência de vento deixa as trutas
bastante arredias, dificultando sua captura. Para completar, o Rio Barrancoso,
único rio que alimenta o Lago Strobel, estava muito seco.
Espelho
d´água no Lago Strobel. Foto: Guias Loop Camp
Espelho
d´água no Lago Strobel. Foto: Eduardo Martinelli
Espelho
d´água no Lago Strobel. Foto: Guias Loop Camp
As enormes
trutas podiam ser avistadas a poucos metros, mas dificilmente estas atacavam
nossas iscas. Foto: Eduardo Martinelli
Primeiro
plano à direita – arbusto que deu o nome à cidade Calafate; Segundo plano – Rio
Barrancoso; Terceiro plano – Lago Strobel. Foto: Eduardo Martinelli
Pescamos em quatro dias diferentes
no Lodge de pesca: a partir das 16:00 do primeiro dia, seguidos de 2 dias
completos de pesca, e no quarto dia até a hora do almoço. O Lodge fica a 200m
do lago, facilitando muito a pesca, que pode ser feita, dependendo do mês da
pescaria, desde as 7:00 até as 20:00. E cada um pode fazer sua pescaria como
bem entender, sem comprometer a pescaria de nenhum outro pescador.
Logo no primeiro dia peguei a
maior truta da minha vida, com peso entre os 9 e 10 kg. A isca usada foi uma wooly
bugger chartreuse com anzol #8, em um conjunto #6. Uma briga magnífica, muitos
saltos, com quase todo o backing sendo levado...
Truta com
mais de 9kg capturada pelo autor. Foto: Guias Loop Camp
Outra bela
truta capturada com uma Wooly Bugger chartreuse, anzol #8. Foto: Guias Loop
Camp
A pesca no lago estava muito
difícil, pois como não havia vento as trutas estavam muito seletivas e
arredias. Mesmo assim todos pegaram seus troféus.
Plácido e
uma bela truta arco-íris capturada no rio Barrancoso com equipamento #4. Foto:
Eduardo Martinelli
Tião e a
alegria de pegar mais um troféu no Lago Strobel. Foto: Guias Loop Camp
Emiliano e
um dos seus troféus. Foto: Guias Loop Camp
Marcelo e um belo exemplar. Foto: Guias Loop Camp
Marcelo e
outra bela truta patagônica. Foto: Guias Loop Camp
Plácido e
um troféu de 11kg! Foto: Guias Loop Camp
Alejandro
mostra uma das belas trutas capturadas. Foto: Guias Loop Camp
Tião e
outro belo exemplar. Foto: Guias Loop Camp
Gosto de acordar antes do nascer
do sol, para aproveitar o que, para mim, é o melhor momento de pesca no Lago:
desde a hora que o dia começa a clarear até a hora que o sol nasce. Neste
período as trutas já estão ativas porém menos arredias. Nestes períodos, em
todas as três manhãs, tive brigas memoráveis.
Nascer do
dia no Lago Strobel. Foto: Eduardo Martinelli
Bela truta
arco-íris capturada com o dia clareando, com um BlackNose Dace chartreuse.
Foto: Eduardo Martinelli
Como a pesca no lago estava
complicada, durante as horas mais claras dos três últimos dias pesquei mais no
Rio Barrancoso. Apesar de seco, este rio tem uma característica muito especial:
é cheio de trutas, pequenas e grandes. A pesca no rio pode ser feita com moscas
secas e molhadas. Todas são muito eficazes e nos renderam momentos magníficos.
A maioria das trutas eram pequenas, mas volta e meia pegávamos trutas com
tamanho considerável. A maior tinha em torno de 8kg!
Rio
Barrancoso em primeiro plano e Lago Strobel ao fundo. Foto: Eduardo Martinelli
Pequena
arco-íris capturada no Rio Barrancoso com uma Elk Hair Caddis. Foto: Eduardo
Martinelli
Truta
bastante colorida capturada no Rio Barrancoso. Foto: Eduardo Martinelli
Nem sempre
as trutas capturadas no Rio Barrancoso eram pequenas... Foto: Eduardo
Martinelli
Outra
grande truta do Barrancoso. Foto: Eduardo Martinelli
Linda truta
capturada com uma Stimulator em anzol #8. Foto: Eduardo Martinelli
Nos finais de dia sempre voltava
para o Lago, arriscando as grandes trutas depois do por do sol. Mais belas
capturas feitas.
As iscas usadas foram as mais
diversas, atadas em anzóis entre #6 e #12. Dentre as mais produtivas ficaram: moscas
molhadas – Wooly Bugger de cores cítricas, Black Nose Dace misturando cores
cítricas com neutras; moscas secas: Parachute, Adams, Stimulator, Green Machine
e iscas simulando ovos de truta – laranjas.
Os equipamentos variaram entre o
#4 e o #8. Os menores usados no rio Barrancoso e os maiores no Lago. Líderes
cônicos com tippet entre 0,28mm e 0,32mm.
Ao fim da pescaria, já começando
as conversas sobre o retorno em 2014, a tradicional foto com os amigos
pescadores.
Grupo de
amigos pescadores. Foto: Guias Loop Camp