Texto: Leandro Vitorino
Fotos: Cristiano, Rogério e Leandro
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Rogério Batista e sua "Marrom residente ". Foto: Leandro Vitorino |
Existem belos labores naturais
que vislumbram os olhos, encantando o nosso íntimo num enlace eterno.
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O caminho...Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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O final do Arco-íris nos guardava belas trutas de mesmo codinome. Foto: Leandro Vitorino |
Entre campos e morros escalpados,
se elevam picos nevados que alcançam as nuvens, em seus baixios escorrem veias d’água
cristalinas que recortam jardins floridos e vales rupestres, criando paisagens
fotogênicas e sensações que explicam os porquês de sermos mosqueiros. Neste
momento entendemos os reais motivos de nossas escolhas...
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Mamãe gambá com seus dois filhotes. Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
A Cordilheira dos Andes é formada
por uma cadeia de montanhas de alta altitude que se distribui num alinhamento
paralelo ao Oceano Pacífico, sendo uma fronteira natural entre Chile e
Argentina. Esse fenômeno geológico, agregado ao clima e sua biodiversidade fez
nascer uma região denominada Patagônia. A sua face voltada ao oceano Pacífico
integra a Patagônia Chilena, enquanto a sua face ao continente denomina-se
Patagônia Argentina.
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Grande presença de lebres. Foto: Leandro Vitorino. |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
Minha primeira visita à Patagônia
Argentina se deve ao convite do meu grande amigo Rogério Batista, nosso vice-presidente
da Associação Brasileira de Pesca com Mosca e administrador do site Mosca
N’água. Nosso querido Jamanta, como é conhecido Rogério, foi responsável pela
organização de nossa viagem e por nos guiar nos confins desse vasto território.
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Foto: Leandro Vitorino |
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Peças da natureza: " Cumé que eu vou engolir um cara desse tamanho? " Foto: Leandro Vitorino |
“Del fin do mundo”, como também se rotula um bom vinho local, me trouxe uma
experiência nova e apaixonante, onde pude praticar alguns dos meus hobbies
preferidos: fotografia de natureza, pesca com mosca e culinária.
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
Foto: Leandro Vitorino
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Foto: Leandro Vitorino |
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Caminhar e pensar na vida. Foto: Leandro Vitorino |
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Isso é o que eu chamo de um mosqueiro de muita bagagem...kkk... Foto: Leandro Vitorino |
ENTOMOFAUNA LOCAL E COMPORTAMENTO ALIMENTAR DAS TRUTAS
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Essa espécie de stonefly eclodia muito mais à deriva do que subindo em pedras, comportamento diferente do convencional das demais espécies de stones. Foto: Leandro Vitorino |
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A ninfa de stone que encontramos por lá possuía 5 cerdas na cauda (além das duas principais ainda havia mais três acessórias), que também permanece em sua fase adulta. Possuía dez anéis no abdome. Foto: Leandro Vitorino |
Aproximando-se dos rios e lagos
patagônicos, nos deparamos com belas espécies de salmonídeos. Peixes que durante
a primavera e verão, principal janela reprodutiva dos insetos, aproveitam para
se banquetearem.
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Ninfa de Mayfly. Foto: Leandro Vitorino |
Durante a primavera e verão, os insetos aquáticos emergem com
mais frequência para sua tarefa reprodutiva. Os insetos terrestres também
revoam para expandir sua espécie. Essa ocasião gera a oportunidade da truta se
alimentar com mais fartura e ao mesmo tempo do mosqueiro praticar seus
conhecimentos.
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Ninfa de Dragonfly. Foto: Leandro Vitorino |
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Gafanhoto (Grasshopper), muito comum na pedras das margens do rio. Foto: Leandro Vitorino |
Na entomodiversidade aquática
local se destacam os dípteros (midges), stoneflies, caddisflies, mayflies,
damselflies (donzelinhas) e dragonflies (libélulas). As eclosões dessas ninfas
aquáticas para a fase terrestre ocorrem de forma cadenciada no ambiente,
apresentando muitas vezes picos de eclosão de uma determinada espécie, que às
vezes também podem se misturar com eclosões de outras espécies.
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Casi caddis de pedras, fase aquática. Foto: Leandro Vitorino |
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Caddisfly, fase aquática. Foto: Leandro Vitorino |
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Caddisfly em fase aquática, eclodindo do casi. Foto: Leandro Vitorino |
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Caddisfly adulta, na fase terrestre. Foto: Leandro Vitorino |
No momento do pico de eclosão, também chamado de “hatch”, a truta se alimenta de forma
mais seletiva. Isso ocorre, pois, na tentativa de aproveitar ao máximo a oferta
do inseto que está eclodindo, a truta se fixa à silhueta do inseto em evidência,
se mostrando indiferente à mosca que não represente a silhueta do inseto do hatch.
ATADO
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As terrestriais com pêlo fazem um pouso mais amortecido na apresentação, fator que fez a diferença em nossa pescaria de vadeo. Mesmo que não sejam tão realistas, os attractors possuem a silhueta e a deriva similar a de um inseto terrestre real. Foto: Leandro Vitorino |
O estudo entomológico incorpora ao
mosqueiro um conhecimento mais aprofundado da anatomia, tamanho e cores dos
insetos, de forma que a mosca fica mais fácil e realista ao ser atada, momento no
qual o atador deve tentar respeitar as proporcionalidades morfológicas dos
insetos. Apesar da importância de se saber atar, não é só através de um bom
atado que se constrói um bom mosqueiro...
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Goddard Caddis (dry fly). Foto: Leandro Vitorino |
Durante o hatch, as trutas se
posicionam próximo à superfície e ficam mais seletivas, portanto uma vez que o mosqueiro
descubra o inseto que está eclodindo e faça boas apresentações da mosca, ele
poderá curtir a incrível pesca com moscas secas (dry flies) com excelente
produtividade. À Exemplo de nossa viagem, durante o hatch de mayfly, a mosca Adams (dry fly) foi bem produtiva; já no hatch de Caddisfly, a mosca que a imitava se mostrou imbatível. Como tivemos Hatches de Caddis quase todos os dias, Caddis foi nosso carro chefe.
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Stonefly GO FLY. Foto: Leandro Vitorino |
CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
Nossas considerações técnicas não
têm a pretensão de serem completas, tampouco de estabelecer regras, pois alem
de não possuir experiência para tal, também entendemos que as regras muitas
vezes se tornam armadilhas viciosas ao mosqueiro. Nossas dicas são fundadas em
algumas boas literaturas e observações atentas da ictiofauna em ecossistemas
selvagens.
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Jamanta na labuta... Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Jamanta com sua "marrom residente" fisgada no visual, durante o "banho de sol". Foto: Leandro Vitorino |
As experiências vividas nos vadeos
desenvolve no pescador uma intuição
(“feeling”) para realizar uma boa observação do rio. Olhos atentos conectados à
uma bagagem de bons conhecimentos produzem boas leituras, permitindo entender os
corredores de alimentação e perceber os insetos que estão eclodindo ou caindo
na água. Esses agregados certamente lhe
colocarão uma carta na manga que poderá ajudar o mosqueiro a “sentir a química do peixe” e articular
a melhor estratégia de ataque ao ponto de pesca.
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Cristiano no trabalho... Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Cristiano. Foto: Leandro Vitorino |
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Marrom fisgada na ninfa de damselfly. Foto: Leandro Vitorino |
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Ninfa de Dragon, algumas vezes uma boa opção junto as algas submersas. Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
ESCOLHA SUA “TRUTA ALVO” PELO RISE
Até a forma da truta se alimentar
na superfície é capaz de denunciar o tipo de inseto que ela está se alimentando.
O deslocamento de água na superfície provocado pela subida do peixe para
alimentar-se é chamado de “Rise”.
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Caddisfly à deriva durante o hatch. Foto: Leandro Vitorino |
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"RISE". Foto: Leandro Vitorino |
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Jamanta, trabalhando na habilidade. Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Macho de arco-íris. Foto: Leandro Vitorino |
Existem rises em que a truta mostra-se até a cauda, permitindo que o mosqueiro
possa estimar seu tamanho e escolher a sua “truta alvo”. Para fisgá-la, o
mosqueiro deverá ter cautela na aproximação e caprichar na apresentação,
colocando a mosca seca numa pequena distância acima do rise, deixando-a derivar
na linha de ocorrência rise, se não houver falhas nesse procedimento, o pescador
terá grande chance de observar sua mosca sendo mordida. A fisgada
deverá ser imposta no momento em que a truta direciona sua cabeça ao fundo, em
geral esse tempo dura em média um segundo, mas que no coração de um mosqueiro
adrenalizado esse fiasco de tempo parece durar uma eternidade e nem sempre é
bem administrado pelo pescador.
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Grande peixe perdido, três dias depois... o reencontro (foto abaixo). Foto: Leandro Vitorino |
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Durante um hatch de fim de tarde, observei um rise de uma grande truta. Após uma aproximação cautelosa, coloquei minha mosca na cara do peixe. Fisgada com mosca seca, anzol #16 e tippet 5X. Batalha que durou cerca de 20 min, entrando noite a dentro. Foto: Rogério (Jamanta) |
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Minha marrom na ninfa de Dragonfly. Foto: Cristiano |
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Olê... Foto: Leandro Vitorino |
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Arco-íris. Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Cristiano. |
Enquanto se alimentam de insetos emergentes,
o deslocamento do peixe é bem tímido, mais lento, provocando poucas ondulações
na superfície, mesmo porque nesse momento o inseto praticamente não está em
condições de fuga. Após emergir, o inseto eclode de seu exoesqueleto ninfático
e ainda deriva por um momento, na tentativa de esticar e secar as suas asas,
até aí a truta ainda se alimenta de forma sutil. Mas, a partir do momento que o
inseto inicia o batimento de suas asas durante a deriva na tentativa de voo, a
truta começa a imprimir investidas mais agressivas, chegando ao ponto da truta
saltar fora d’água.
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Paisagem patagônica. Foto: Leandro Vitorino |
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Observando picos nevados ao fundo, com os pés na água corrente e cristalina e trabalhando uma linda truta. São momentos como esse que atraem tantos mosqueiros à Patagônia. Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Mosqueiro em seu momento. Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
Nos hatches de mayfly, de um modo
geral, observamos rises mais tímidos, os de Caddis já são um pouco mais
agressivos. Nos hatches de stonefly ou queda de terrestriais na água as
investidas são bem mais potentes, chegando a ter rises mais explosivos. Tudo
indica que a agressividade do peixe em seus ataques pode estar relacionado ao tamanho
do inseto, mas não se trata de uma regra geral, pois também observamos trutas
subindo lentamente para morder terrestriais.
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Cristiano apresentando. Foto: Leandro Vitorino |
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Derivando a seca... Foto: Leandro Vitorino |
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Enquanto isso, Jamanta levanta a vara pra evitar afrouxar a linha da truta que corria em sua direção. Foto: Leandro Vitorino |
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Ao mesmo tempo, Cristiano cravava mais uma. Foto: Leandro Vitorino |
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Mosqueiro com olhar no peixe. Foto: Leandro Vitorino
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Bela truta do Cristiano. Foto: Leandro Vitorino |
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Dublê dos amigos!!! Foto: Leandro Vitorino |
UP STREAM COM TERRESTRIAIS:
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Gafanhoto GO FLY em ação. Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Local promissor para apresentar terrestriais. Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
Fora os instantes do hatch,
pouquíssimas vezes a truta irá se comportar de forma seletiva. Na ausência dos hatches, a truta se
alimenta de forma mais oportunista, possibilitando que uma maior variedade
de mosca gere produtividade, incluindo streamers e moscas terrestriais. Se o
mosqueiro observar que naquele momento não está havendo eclosões e presenciar
um ataque agressivo na superfície, muito provavelmente ali derivava um inseto
terrestre. As investidas das trutas nas terrestriais costumam ser mais
imponentes do que nas moscas secas pequenas, pois instintivamente elas sabem
que aquele grande e suculento inseto poderá decolar a qualquer momento.
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Foto: Leandro Vitorino |
A apresentação de moscas terrestriais no up
stream geram cenas épicas de ataques explosivos na superfície, mas para se
ter boa produtividade com essas moscas é necessário saber quando usá-las. Durante os hatches, por exemplo, não é um bom momento para se usar moscas
terrestriais. Os melhores momentos
são: na ausência de hatches e nos locais
em que a água passa por um corredor mais veloz. A presença de uma mosca
terrestrial descendo corredeira abaixo sugere à truta uma oportunidade ímpar de
conseguir uma grande oferta proteica. A corredeira rápida também faz com que a
truta não tenha muito tempo para analisar a situação, e não “pensa duas vezes”...
sobe freneticamente ao ataque, podendo até mesmo saltar da água com a mosca na
boca no momento da pegada.
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Terrestrial à deriva. Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Luta dura na correnteza. Foto: Cristiano |
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Foto: Cristiano |
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Essa vai ficar na memória...Foto: Cristiano |
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A terrestrial ficou pequena na boca desse macho de arco-íris. Foto: Cristiano |
Eu, o Cristiano e o Rogério,
fizemos uma bela empreitada na Patagônia Argentina, vadeamos por rios pequenos,
médio e grandes, ocasiões que se aplicam técnicas distintas de pesca por
apresentarem situações diversificadas. Conhecemos um pouco da vegetação e dos animais
de cada local.
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Grande e interessante espécie de gafanhoto patagônico. Foto: Leandro Vitorino |
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Foto; Leandro Vitorino |
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Pescando com ratos. Foto: Leandro Vitorino |
Pescaria de lago, fisgando trutas
grandes...
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Foto: Leandro Vitorino |
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Nascer da lua...Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Cristiano |
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Marrom de lago, fortes também. Foto: Jamanta |
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Rogério com seu troféu do lago. Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Cristiano |
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Dizer mais o quê meu amigo... Foto: Leandro Vitorino |
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Fim de tarde no lago. Foto: Leandro Vitorino |
EM BUSCA DAS "TRUTAS RESIDENTES"...
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Truta residente em seu banho de sol. Foto: Leandro Vitorino |
Sem dúvida alguma, os pequenos rios de águas claras são os que mais produzem cenários hostis e elegantes. Realizar um vadeo rio acima (up stream), pescar no visual com mosca seca à deriva, fisgando arco-íris e marrons, cenas emolduradas por picos nevados da pré-cordilheira... é mágico...
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Parada pra apreciar o rio e montar estratégias... Foto: Leandro Vitorino |
Com uma abordagem correta dos
pontos é possível se pescar quase sempre com mosca seca. Existem poços e corredores
mais profundos com várias trutas de pequeno e médio porte, mas geralmente
apenas uma ou duas trutas de grande porte, chamadas trutas residentes, que geralmente são mais territoriais. As trutas
residentes costumam fugir de ambientes
com muita pressão de pesca, preferindo ambientes mais inóspitos. As
hostilidades locais também parecem elevar as chances de haver uma grande truta
residente. Pra quem procura as grandes trutas residentes, aconselho que não
saia pinchando aleatoriamente nesses locais, evitando que a truta pequena morda
a mosca antes da grande, o que acabará “estressando o ponto”. Sugiro que tente
localizar a truta residente no visual para só então direcionar um tiro
certeiro. As trutas residentes
geralmente são vistas se alimentando ou paradas em seu tradicional “banho de sol”. Caso não consiga a
visualização da truta residente, o ideal é direcionar os pinchos nas áreas mais nobres dos corredores mais
profundos. O “drop off” (área de
afundamento brusco) do corredor localizados no meio do corredor ou no seu
começo são considerados áreas nobres. Nos corredores, os cabeços de pedras grandes, assim como áreas sombreadas também correspondem áreas
bem produtivas. Caso a truta residente esteja colada ao fundo do rio, é
aconselhável pescar ninfando (nymphing)
com moscas molhadas (wets flies) ou
apresentar uma terrestrial, dois extremos de se mosquear nessa situação. A
terrestrial tem a capacidade de levantar grandes trutas nos corredores fundos e rápidos.
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Truta fisgada no visual no seu banho de sol. Foto: Jamanta |
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Rogério apresentando no visual. Foto: Leandro Vitorino |
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Fisgando... |
Foto: Leandro Vitorino
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Labutando... |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino |
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Rogério trabalhando e Cristiano observando... Foto: Leandro Vitorino |
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Rogério soltando e Cristiano Fisgando... |
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Cristiano dominando... |
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Bela! Foto: Rogério |
EQUIPAMENTOS E LEADERES UTILIZADOS:
Para o vadeo em rios pequenos,
usei equipamento #4. Nos rios de médio porte recomendamos o #5 ou #6. A
presença ou não do vento pode variar essas numerações.
Para as moscas secas pequenas,
tradicionais, com anzóis de #12 à #16, utilizamos leaderes de 12’ com tippet 4X
e 5X. Para as terrestriais utilizamos leaderes de 9’ com tippet 3X.
No vadeo usamos apenas linhas
floating (flutuantes) no formato WF tradicional, mas na ausência de vento uma
linha no formato Triangle taper (TT) fará uma apresentação mais suave da mosca.
Apesar das recomendações descritas
acima, entendemos que todas elas podem sofrer variações dependendo da situação
de pesca.
DIVERSÃO E FOTOGRAFIAS À PARTE...
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Foto: Leandro Vitorino |
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Pela longa estrada da vida... Foto:Leandro Vitorino |
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Foto: Leandro Vitorino
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Foto: Leandro Vitorino |
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Lua que nasce atrás dos morros. Foto: Leandro |
Além da pesca com mosca,
degustamos bons vinhos entre os atados e prosas, demos boas risadas e
apreciamos a saborosa carne de carneiro regional.
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Foto: Leandro Vitorino |
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Prosa, atado e ... ôh vidinha mais ou menos... Foto: Leandro Vitorino |
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Produção para o dia seguinte. Foto: Leandro Vitorino |
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Terrestriais com EVA e pêlo GO FLY. Foto: Leandro Vitorino |
Também produzimos boas fotos.
Como tenho enorme prazer em fotografar, quando percebia uma oportunidade de
conseguir uma boa imagem, não tinha dificuldades em parar de pescar, largar o
caniço e pegar o equipamento fotográfico. A fotografia é uma arte, assim como o
atado e a pesca com mosca. Entender a
entrada de luz, ter um bom controle manual da velocidade e do ISO são passos
básicos iniciais para obter uma boa foto. Além do objeto principal, objetos
secundários também podem agregar mais valor a sua fotografia, quando
enquadrados adequadamente no campo de imagem. A máquina, quando posicionada em ângulos que fogem do habitual, podem
gerar perspectivas diferentes e muitas vezes bem interessantes. A dedicação
de um fotógrafo se equipara ao de um bom atirador, devendo desenvolver boa pontaria, controlar a respiração, tremer
o mínimo possível, usar o tripé quando necessário, adquirir sensibilidade à
momentos propícios, ter um bom posicionamento e clicar no momento certo.
ATÉ A PRÓXIMA...
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Só parávamos de pinchar quando a mosca já não era mais vista na deriva... Foto: Leandro Vitorino |
Em todas as artes que envolvem
direta ou indiretamente o universo da pesca com mosca, todos somos aprendizes,
mas em uma delas nosso trio pode se considerar bem formado: na arte se ser
feliz!
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Amigo é coisa pra se guardar! |
Obrigado especial ao Cristiano e Jamanta pela excelente parceia e dicas valiosas a mim transmitidas, também aos amigos que espiritualmente também pescaram conosco e que sem estes essa matéria nunca poderia ter sido escrita. Peço desculpas pelos meus erros, pois ainda sou um instrumento com muitas imperfeições a serem corrigidas... Inté mais ver...
Lindas fotos, cara. Parabéns. Só dá mais vontade que o tempo passe rápido e que chegue a minha vez de estar na água :)
ResponderExcluirMuitíssimo obrigado Jost!
ExcluirBoa sorte em sua pescaria!!
Leandro
Caraca! Está estabelecido um novo patamar de fotos e relatos. Muito, muito bom! Como disse o meu futuro parceiro, Jost, o tempo precisa passar mais rápido para estarmos na água.
ResponderExcluirValeu o apoio Neumann!!
ExcluirBoa sorte pra vc também!!
Leandro
Caramba!! Sem palavras!!
ResponderExcluirAi sim!! ótimo relato.... Quando definirem a data da Clínica em Goiânia poste no grupo. Abraços.
ResponderExcluirBrigadão Wanderlei e Maxwell!!
ResponderExcluirLeandro
ótima postagem,parabéns,talves um dia tenha a oportunidade de conhecer este lugar.
ResponderExcluirGrande Leandro...
ResponderExcluirMais uma matéria sensacional... Parabéns pela pescaria e muitíssimo obrigado por compartilhar conosco tamanha aventura...
Quanto a clínica, gostaria de me inscrever. Como procedo?
Abração,
Caraca Leandro!!!!!!!
ResponderExcluirRelatos assim fazem a gente sonhar...
Lindo demais!!!!
Abraço.
Luiz Logo
Totalmente excelente!!! Irretocável!!! Parabéns aos amigos!!! Abraço.
ResponderExcluir